segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Hora do fecho





Dói menos não saber, não ler, não crer. Dói menos não fazer, levar, dói menos parar. Dói menos esquecer, deixar, ceder. Dói menos fechar. Agora, né, tudo aqui, sendo. Os pássaros – péssimos – oram, horas antes daí, Brasil, por culpa do Sol, sempre enérgico, ao menos aqui, explícito, vulgar, esquentando e acordando esses bixos, me dando sono e uma raiva celsia. Parar um pouco e lembrar de escrever: Hoje, sério, esqueci do "b", do bê minúsculo cursivo, com a mão. Como faz? Da bic no branco não saía nada, nem mesmo aos tapas que dei, delicados e rancorosos, na testa. O bê não saiu e eu tive que fazer uma busca por imagens de bês cursivos. Foi desse jeito que eu re-aprendi a escrever um bê essa noite. Isso hoje. Doeu. Doeu como o quê. Hoje, ou ontem, ok, aprendi que estou mais errado que antes, pois sei mais sobre antes. Hoje entendi um pouco mais desse amor, dessa praga que me preenche pulmões mais que o ar, que me ajuda no grito mais que o ar, que me faz gozar mais que a porra. Porra, não morra amor, não escorra. Aí vem mais o que fazer. Esse futuro, tão teu menino, não existe, nem daqui a pouco nem nunca, é agora! Corre! Corre pro agora! Precisava escrever um bê com o mouse, carecia mesmo. A palavra "brand" não faz sentido sem bê. A palavra "brand" sem bê é dinheiro na África do Sul, tá, mas em Moçambique é erro e no layout das marcas né nada. Daí, o quê fazer, grafite, filme, michê? Doismiledez tá chegando, vê, dói saber. A vida continua, panacas, perdidos, sou bem pior que vocês. Vamos lá, mas um ano, mas um BBB, mais karaokê na Liberdade, mais nãoseioquê, queria mandar todo mundo se... queria mandar todo mundo se arrumar pro fim do ano, mas não cair no clicê do branco outra vez.

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