sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Face ao livro


Data, dado, dedo, digito. Blablablando, narro sem sarro a queixa e o fato: das janelas brancas na tela, os fótons denunciam sem trava. A senha do sítio já foi gravada. A vida de pernas abertas pro livro da cara, entrega, tão brega, o pretexto pro fim. Aflito, reflito e conecto. Comento e me lembro que não vivi nada. Cansado, respiro, cansado de nada. As mãos são quem são, são quem agem. As teclas são nossas pastagens. Paste. Posto passagens. Na teia do mundo selvagem, deleto a minha paisagem. A busca é constante, o filme, a tara. Curto, cultivo e cutuco. É a saudade algorítmica o que pesa e dispara. Ninguém me responde. A máquina trava.

2 comentários:

gi disse...

isso é poesia. hahaha, você fazendo poesia! :)

zé maia disse...

FOI SEM QUERER, PORRA!